LEI MARIA DA PENHA: CUMPRA-SE!

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17 de maio de 2011

Deputada Federal Jandira Feghali


Historicamente, a mulher foi vítima da dominação masculina. Impedida de estudar, votar ou participar ativamente das decisões mundiais, viveu apagada por muitos séculos. Os tempos evoluíram, mas os resquícios do nosso passado, imperado pelo machismo, ainda estão presentes na nossa sociedade.

A violência contra a mulher desconhece as barreiras geográficas, étnicas, religiosas, de classe ou de instrução. Somente no Brasil, cinco mulheres são agredidas a cada dois minutos.  Isso significa que pelo menos 7,2 milhões de brasileiras com mais de 15 anos de idade já sofreram algum tipo de violência doméstica.

A Lei Maria da Penha, relatada por mim na Câmara dos Deputados, foi criada para coibir e punir – definitivamente - a violência doméstica contra a mulher. O nome é uma homenagem à biofarmacêutica cearense que sofreu duas tentativas de homicídio. Numa delas, o resultado foi a perda dos movimentos de seus membros inferiores. 
             
Para que essa lei contemplasse nossas diferenças regionais, viajei por todas as regiões do Brasil e colhi dados de especialistas, militantes e vítimas da violência doméstica. Constatei que a agressão contra mulher ultrapassa os limites das agressões físicas. Sequestro de bens e dominação psicológica podem gerar traumas insuperáveis, tanto à mulher quanto aos seus filhos. Lutei para que esse tipo de violência deixasse de ser considerado como crime de menor potencial ofensivo. O fruto desse trabalho minucioso foi a promulgação, em 7 de agosto de 2006, de uma lei inovadora e abrangente em defesa da integridade física, material e psicológica das brasileiras.
             
Em quase cinco anos de existência, a Lei Maria da Penha já salvou muitas vidas. Por meio de medidas protetivas às mulheres em situação de risco, os agressores considerados mais violentos têm sido afastados do lar. Hoje, a lei é nacionalmente conhecida e conta com pelo menos 85% de aceitação popular. Internacionalmente, a Lei Maria da Penha foi reconhecida pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (ONU Mulher) como uma das três leis mais avançadas do mundo, entre 90 países que têm legislação sobre o tema.
            
Infelizmente, nem a aprovação dos brasileiros, tampouco o reconhecimento mundial resultam suficientes para assegurar o efetivo cumprimento da lei. Como fruto da herança patriarcal em nosso país, muitas autoridades vêm se recusando a aplicá-la. São magistrados que interpretam incorretamente a lei; policiais que não cumprem as medidas protetivas adequadas, assistentes que deixam de prestar o apoio psicológico necessário, seja por falta de conhecimento ou de recursos financeiros.
             
Para que uma lei tão importante como essa seja realmente cumprida, o poder público deve atuar em harmonia. Não basta apenas existir, ela precisa ser corretamente aplicada em todos os cantos do país. Esse é um fator determinante na sobrevivência de milhares de mulheres brasileiras, em sua grande maioria mães e chefes de família.
           
Com o objetivo de sensibilizar as autoridades e mobilizar a sociedade em defesa das mulheres, decidimos iniciar uma campanha nacional para exigir o cumprimento da Lei Maria da Penha. Desde que assumi o quinto mandato na Câmara dos Deputados, tenho trabalhado – com o indispensável apoio da bancada feminina no Congresso - para estabelecer parcerias e consolidar o apoio das mulheres que ocupam posição de comando ou liderança em todo país para fortalecer a luta e eliminar qualquer forma de desrespeito à lei.
             
O “Roteiro Feminino do Poder”, como vem sendo chamado esse trabalho, é uma ampla campanha de mobilização social que pretende agregar o apoio de personalidades femininas de todas as áreas como magistradas, artistas, lideranças e autoridades políticas, como a própria presidente Dilma Rousseff.  A caravana foi iniciada no Rio de Janeiro por meio de um encontro realizado na OAB Mulher e depois de uma visita à delegada Martha Rocha - primeira mulher a chefiar a polícia civil do Estado do Rio e ex-coordenadora das DEAMs. Essa semana(14/04/2011 ), em Brasília, participamos da primeira reunião que marcou a continuidade da caravana. A Ministra da Secretaria Especial de Políticas Públicas para Mulheres, Iriny Lopes, nos recebeu em audiência e manifestou apoio e interesse em acompanhar a Bancada Feminina durante as futuras visitas.  Os próximos encontros previstos são com as ministras Hellen Gracie e Carmem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), e Fátima Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
             
Depois de Brasília, pretendemos prosseguir com visitas e reuniões por todas as regiões brasileiras, sensibilizando prefeitos, governadores, magistrados e representantes dos movimentos sociais para vencermos a indiferença machista que responde pelo descumprimento da lei.  Por um país menos violento e mais respeitoso com suas mulheres, fica aqui o nosso apelo: Lei Maria da Penha - cumpra-se!

 Jandira Feghali é deputada federal pelo PCdoB-RJ e relatora da Lei Maria da Penha.


Terminou por volta das 14h desse sábado (30 de abril), a apuração das eleições para a direção do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro. A vitória da chapa 1 - Independência, Unidade e Luta, com 1.296 votos, mostrou o apoio da categoria à atual gestão do sindicato. A chapa 2 - Uma nova direção, pela unidade nacional - teve 1.087. Nulos e brancos foram 32, de um total de 2.415 votantes.

O início da apuração foi bem tenso. A oposição exigia a impugnação de duas urnas de aposentados, do Rio e de Angra. Na primeira, alegaram que ao prestar o serviço de realização do imposto de renda para a categoria, na sede do sindicato, durante a votação estavam “comprando” votos. A atual gestão questionou essa tese lembrando que esse é um trabalho já realizado no ano passado e que não recebeu nenhuma crítica antes. Inclusive, quem marcou a data da eleição, coincidente com a última semana de declaração do imposto de renda foi a oposição, maioria na comissão eleitoral.

Na de Angra, acusaram o sindicato de estar carregando os eleitores para votar no carro do sindicato, utilizando-se da máquina em benefício de um único grupo. Os petroleiros da Costa Verde integrantes da chapa 1 explicaram que quando uma cadeirante foi votar ela não tinha como ter acesso ao local de votação, daí pegaram o carro apenas para subir com ela. De qualquer forma, o voto dela estava em separado, então não havia justificativa para impugnar uma urna inteira.

Os aposentados têm extrema rejeição à Federação Única dos Petroleiros apoiadora da oposição. A chapa 1 denunciava que a impugnação dessas urnas seriam um golpe, que praticamente retiraria os aposentados do pleito. Parecia que as eleições acabariam numa confusão generalizada ou numa incerta e demorada batalha judicial. Por volta das 3h da madrugada de sexta para sábado, porém, chegou-se a um consenso, deixando apenas a urna de Angra em separado para uma avaliação posterior. Finalmente, então, iniciaram os trabalhos de contagem dos votos. A partir daí, a apuração seguiu tranquilamente, embora com muita lentidão.


A posse da chapa 1 para o triênio 2011-2014 acontece em julho. Nessa segunda-feira, disponibilizaremos aqui na página da Agência Petroleira de Notícias o resultado completo das eleições do Sindipetro-RJ por local de votação.

Fonte: Agência Petroleira de Notícias

Fotos: Samuel Tosta / Agência Petroleira de Notícias

Presidente do Banco do Brasil recebe Medalha Tiradentes

Postado por Jorge Ribeiro | 10:09 | | 0 comentários »

Foto: Thaisa ARaújo

O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, foi homenageado, nesta quinta-feira (12/05), no Plenário Barbosa Lima Sobrinho da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) com a Medalha Tiradentes. A comenda foi uma iniciativa do secretário de Estado de Agricultura e deputado licenciado, Christino Áureo. “O Banco do Brasil é o nosso agente financiador na área de crédito do setor rural. Nas chuvas que atingiram a Região Serrana, em janeiro, foi quem mais ajudou o estado. Cerca de 75% dos créditos para a recuperação da região veio do banco, e com ajuda do Bendine”, disse o secretário.
A sessão foi aberta pelo deputado Alessandro Calazans (PMN). Bendine está à frente do banco desde 2009, quando substituiu Antônio Francisco de Lima Neto. Nascido em Paraguaçu Paulista (SP), é funcionário de carreira do BB, tendo começado como estagiário, em 1978, numa agência da sua cidade natal. Formado em administração de empresas, foi gerente em Piracicaba (SP), assessor na Superintendência II de São Paulo, gerente-executivo da Diretoria de Varejo, secretário-executivo do Conselho Diretor e vice-presidente do setor de Varejo.
“Essa medalha me deixa muito orgulhoso. O banco está ligado ao Estado do Rio. Afinal, tudo começou aqui há 202 anos. É uma homenagem singela e importante, e que se estende aos 110 mil funcionários da instituição”, relatou Bendine.
(texto de Marcus Alencar)


Pedro Motta Lima
Diretoria de Comunicação Social da Alerj
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