Felipe Santa Cruz assume OAB/RJ exigindo mais respeito dos poderes públicos com os advogados

Postado por Jorge Ribeiro | 16:00 | 0 comentários »

24 de março de 2013

Menções ao processo eletrônico e ao papel da Ordem na construção de uma sociedade democrática; a relação com o Judiciário e os desafios na defesa das prerrogativas e na assistência aos advogados mais necessitados. Diante de um teatro lotado, Felipe Santa Cruz tomou posse como presidente da OAB/RJ, em cerimônia que mostrou o amplo leque de atuações da Ordem em questões sociais e corporativas, numa mescla de história e futuro que marca, desde já, o início da atual gestão.
O evento foi realizado no Teatro Municipal, cedido pelo governo do estado do Rio, com a presença quase duas mil advogados e autoridades dos meios jurídicos e políticos entre eles, o secretário da Casa Civil do estado, Regis Fichtner (representando o governador Sergio Cabral), o prefeito do Rio em exercício, Adilson Pires, o senador Lindbergh Farias, os presidentes do Tribunal de Justiça, desembargadora Leila Mariano, o Tribunal Regional Federal, desembargadora Maria Helena Cisne, e do Tribunal Regional do Trabalho, desembargador Carlos Alberto Drumond, do presidente nacional da OAB, Marcus Vinícius Coelho; o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Melo; deputada Clarisse Garotinho; desembargador Nelson Tomás Braga, juiz Paulo de Tarso Machado e procuradores Arthur Lemgruber, de Sapucaia, e Flávio Peralta, de Levi Gasparian.
Durante a posse da nova diretoria e do conselho da Ordem dos Advogados do Brasil / Seccional Rio de Janeiro (OAB/RJ), o novo presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, cobrou das autoridades constituídas mais respeito em relação aos advogados. Em seu discurso que fechou o evento realizado no Theatro Municipal, Felipe afirmou que os profissionais da classe buscam dignidade exigindo "o respeito das autoridades constituídas, do Ministério Público, da Defensoria, dos magistrados, dos servidores da justiça e de toda a sociedade".
Para Felipe, os advogados exercem papel fundamental na construção da democracia, mas ainda passam por provações durante o exercício diário da profissão. "Definitivamente advogar não é profissão para fracos. As lutas diárias testam a vocação de cada colega. Todos os dias são filas, morosidade, processo digital sem mundo digital, ofensas de toda sorte que fazem do exercício profissional um verdadeiro sacerdócio", denunciou.
No mandato de três anos que terá à frente da OAB/RJ, o novo presidente pretende reverter esta situação ampliando o diálogo com todos os entes sociais. "Buscamos uma entidade tecnicamente capaz de dialogar com as forças da sociedade na construção do país que sonhamos", garantindo ainda que irá reivindicar melhorias para a categoria, como honorários mais dignos e a defesa permanente das prerrogativas profissionais.
Olhando para um Brasil e um Rio cada vez mais fortes social e economicamente, Felipe crê que a entidade - que representa 130 mil advogados - deve contribuir ativamente para construir uma sociedade mais justa e eliminar desigualdades.
"A OABRJ quer ser parte deste amanhã. Quer produzir saber, criticar e principalmente ser indutora de crescimento e ação. Além disso, hoje temos crescimento e distribuição de renda. Um sem o outro de nada serve ao povo. Reafirmo nosso projeto de campanha: a construção da OAB da democracia, do crescimento, dos grandes projetos. Do Brasil que quer participar das decisões do mundo".
Líder do movimento cara-pintada que foi às ruas pedir o impeachment do presidente Fernando Collor de Melo, em 1992, o senador (PT-RJ) Lindbergh Farias recordou a participação efetiva da Ordem no episódio, citando também a luta contra ditadura militar e em favor das Diretas. "A historia da OAB se confunde com a da sociedade pela liberdade de expressão", afirmou.
A interação com os poderes Executivo e Judiciário ficou marcada nos discursos do chefe da Casa Civil, Regis Fichtner, que representou o governador Sérgio Cabral no evento, e da presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJ), Leila Mariano. "O governo do estado está à disposição para parcerias", acenou Fichtner. Apostando também no diálogo, Leila afirmou que "as portas do tribunal estão abertas".

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